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sábado, 17 de agosto de 2013

Na batida do martelo!





Achava-se

E se achava

Era mesmo o tal

Na sua:

 Nada modesta opinião

Dono do mundo

Dono da verdade

Dono, de toda razão

Toda sabedoria era sua

Ninguém sabia mais do que ele

Sua verdade era nua e crua

Doesse a quem doesse

Infelizmente, era nele

Que poderia doer

Posto quê:

Ninguém lhe dava atenção

Sua excessiva vaidade

Levou-lhe à impopularidade

Vivia só

Em meio à multidão

E nem percebia

Seu enorme ego, o preenchia

E punha:

Aquele maldito sorriso

Em seu horrível rosto.

Que, em seus tolos devaneios

Achava infinitamente belo

Gente assim, só acorda.

E isso; quando acorda.

Na derradeira batida do martelo!


Lemos dezessete de agosto de dois mil e treze.

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