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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O chicote do corpo.

Quase sem nenhuma
Experiência de vida
Tinha o hábito de questionar
E o péssimo costume de julgar
Era como, querer escrever
Sem sequer, ter aprendido a ler

E assim; ano após ano.
Engano atrás de engano
Colecionando desafetos
Pois, rico em imaturidade.
Abusava da sinceridade
Que,quando, esbanjada a toa
Invariavelmente, magoa

Quase nada sabia
Mas acreditava piamente
Nas bobagens que dizia
Às vezes chegava a ser profundo
Eram somente minhas
Todas as verdades do mundo

E assim fui crescendo
Devagar e quase parando
Posto quê: Julgando-me pleno
Estava me enganando
Obstruindo a realidade
Importava-me, apenas:
Gritar, aos quatro ventos.
A minha verdade!

Demorou bastante
Para que desembotasse
Minha juvenil visão
Foi preciso muito apanhar
Da vida e do mundo
Até, absorver alguma lição
Meio século já se passou
E posso dizer com convicção
Que nem tudo aquilo se acabou.

Porém um pouco mais experiente
E, extremamente, mais moderado.
Já não me atrevo a julgar
Por vezes, já fui jugado.
Poucas delas absolvido
Na maioria fui condenado
Já dizia; minha boa mãe.
Ser a língua:
O chicote do corpo.
Sabedoria admirável:
Verdade inquestionável!

Para o velho ou para o menino
Uma simples frase
Pode estabelecer um destino!

Lemos, 28/02 2011.

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