terça-feira, 21 de maio de 2024
Nas asas da quimera
segunda-feira, 20 de maio de 2024
Vegetando?
sexta-feira, 17 de maio de 2024
Uma psicóloga, sem o ser
Se alguém lhe perguntasse
O que ele havia jantado ontem
Tinha que pensar um pouco
Mas, se lhe perguntasse
Sobre um passado remoto
Tinha a resposta à pronta entrega
Ele se lembrava...
Das brincadeiras de criança
Também recordava
As engenhocas que seu pai fazia
Dos brinquedos feitos à mão
E de quando seu pai
Descia a pesada mão
Sobre ele ou sobre seus irmãos.
Lembra-se desses episódios
Com um inequívoco amor
Nem as surras lhe deixaram rancor
Eram naturais para a época
E fundamentais para a educação
Bons tempos, em que o rigor
Mostrava o caminho e a razão
E que a aparente falta de amor
Mostrava, justamente o contrário
O "Quem ama cuida", pouco falado
Naquele tempos distantes
Já ditava muitos caminhos
Áureos tempos, onde...
Se dava amor, sem o demonstrar
Era uma reserva, que se faria ver
Diante do resultado esperado
Que, raramente falhava
Também vivi naquela época
E vi, que poucos se desviaram
Do caminho proposto pelos pais.
Ele se lembra também da mãe
Não tão rigorosa como o pai
Essa, já tinha abraços e beijos
Porém, não abria mão da disciplina
E não admitia, qualquer desrespeito
A habilidade que seu pai tinha
Em suas poderosas mãos
A sua mãe, tinha com as palavras
Era ela, uma psicóloga sem o ser
Sempre tinha as falas certas
De acordo com o momento.
E, dentro da necessidade
Ela transmitia aos filhos
Seu sonhos, pouco ambiciosos
Mas que, se realizados
Garantiriam, noites de sono renovador
E dias, de imensa paz interior.
E, realmente, assim se fez
A incomum, combinação deu certo!
Ele se recorda com saudade
Dos seus amigos e amigas de infância
Dos jogos de bola no campinho
Onde ele mais brigava do que
Jogava.
Era influência do convívio com o pai
Que vivia afirmando...
Não levar qualquer desaforo.pra casa.
E, no campinho, ele via tudo como desaforo
Quando digo que ele brigava
Deveria dizer, que apanhava
Pois, não tinha físico privilegiado
Perdia as brigas, mas saia inteiro
Seu corpo já estava condicionado
Hoje ele diz, que chegava em casa
Com o espírito apaziguado
Por ter expressado seu descontentamento.
Quando se refere aos seus...
Amigos de verdade
Fala dos amigos que ninguém precisa ter.
Aqueles que levam para o caminho
Da alegria, e da irresponsabilidade
Os que eram sensatos, esses não serviam
Tornavam a existência monótona
Mas, foi com esses, e graças a eles
Que deixou de entrar em muitas encrencas
Amigos bons e amigos não tão bons
Lembra-se de todos com saudade
Também são parte crucial em sua formação.
Ele fala muito sobre a escola 🏫
Recorda-se da primeira professora
Solange! Importantíssima
Por ser a primeira...
Conceição, importantíssima+ìssima...
Por ter sido a melhor!
Maria Inês, a mais severa
Todas elas, excelentes
A época dava aos alunos, o melhor!
Professora de tudo, a Solange
Conceição e Maria Inês...
De português!
Solange, lhe deu seu primeiro livro
Conceição lhe deu sabedoria
Inês as broncas necessárias
Todas elas, contribuíram com seu melhor,
O começo de tudo
Seus olhos brilham, quando se refere
À professora Conceição
Foi, a que mais marcou.
Solange, Conceição e Maria Inês...
Quando o assunto é professora
Ele se lembra das três!.
De professores, ele fala pouco
Eram raros naquele tempo
Porém, quando surgiram
Vieram aos borbotões
Isso, lá pela sua sexta série
Vieram os irmãos Genofre
O Francisco Melo, o Robertão
E o glorioso Serjão ...
Esse também lhe marcou
Por seu jeito amistoso
E sua praticidade com as questões
Que a vida apresentava.
Conta ele, sobre os amigos
Que foram ficando pra trás
Quando a vida inexoravelmente
Seguiu o seu curso "natural"
E fala também das pessoas
Que entravam naturalmente
No seu enigmático mundo
Digo, enigmático, pois ele
Era um imenso poço de curiosidade
Segundo ele mesmo o diz.
Ele fala de alguns de seus empregos
Diz que nenhum deles lhe fez feliz
Por ser ele, um cara...
Dado ao hábito de pensar
E tornar público seu pensamento
Tornava-se difícil todo e qualquer relacionamento .
Sua vida amorosa
Começou com alguns tropeços
Pois o que sabia de amor, era o que via
Era, o que lia e o que ouvia
O seu primeiro amor, foi contemplativo
Era bom com as palavras
Porém, não tinha qualquer eloquência
Dado a sua imensa timidez
Diante do sexo oposto
Sabia ser correspondido
E até os dias de hoje, essa lembrança o corrói.
O tempo se encarregou de ensiná-lo
E como, pra leite derramado
Ainda não apareceu remédio
O que era pra ter sido, mas não foi
É uma amarga lembrança
Carregada de tristeza e tédio .
Entretanto, segundo ele
Vieram outros amores
Todos no seu devido tempo
Alguns ao mesmo tempo
Pois carregava consigo...
Um sede Homérica de amor
Não vou detalhar seus amores
Por não saber de todos
E pela indiscrição, que representaria
Posso afirmar, que ele hoje
Se encontra feliz, junto da sua amada.
Sei disso, porque o vejo
Não o perdi de vista
Até mesmo porquê...
Sua honradez, em muito me inspirou
E até hoje me inspira
Um amigo, uma referência.
Os nomes dos professores
Segundo ele, são todos reais.
Inesquecíveis aqueles tempos.
O que almocei no domingo?
Isso não lembro mais?
Lemos
17/05/2024
quinta-feira, 16 de maio de 2024
Pitadas de aventura
Não havia escolhido
A vida que levava
Ou, a vida que a levava
Questão, de ponto de vista
Mas, quando percebeu
Já estava embarcada
Isso não a impediu de ajustar
A sua, quase infeliz, estadia.
Nesse mundo, onde não há prêmio
Para falta de ousadia
Ela, não era frágil por ser mulher
Apenas tinha se deixado levar
A existência, lhe parecia vazia e escura
Faltava, a seu ver uma ou mais
Pitadas de aventura.
Abandonar o trivial
Seria machucar pessoas
E isso, ela jamais faria
Viveria as duas vidas
Que, ali estavam prontas
Para serem, então ,vividas
Por isso, buscou o essencial
Sem, por isso, abdicar ao convencional
Deixando-o rodando em segundo plano.
Seria, a válvula de escape
A ser utilizada bem lá na frente
Quando sua chama aventureira
Estivesse perto de se apagar
A sua, tábua de salvação
Onde se agarraria, e espernearia
Tentando abandonar os seus pecados
Como se eles, nunca houvessem existido.
Não sei dizer, se isso funciona
Na verdade, ninguém o sabe
Uma questão nunca respondida
O mundo, volta e meia, nos engana
Entretanto, não creio ser possível
Enganá-lo.
Pois ele segue meio torto
Através, de sendas tortuosas.
E todo, riso que rimos
E todo, pranto que choramos
Se fundem ao longo da estrada
Uma química sem nome
Uma experiência sem resultado
Por não ter como ser relatada
Ela se foi, alguma parte dela...
Já havia se ido, e doído demais.
Era ver, seu porto seguro
Se desfazer pouco a pouco
Mas, não era assim tão frágil
A sua fortaleza
Que, suportou relativamente bem
As provas a que foi submetida
Servindo, no final
Ao propósito a que foi destinada.
Entretanto, assim como todo Refúgio ...
Acrescentou, segurança e longevidade.
Porém, a imortalidade...
Essa fica apenas, para os membros
Da nossa, hoje , questionável ABL.
Gosto de observar, alguns episódios
E analisar, mesmo que a grosso modo
Alguns fatos e algumas fotografias
Onde sempre surge, qualquer pormenor
Que me aguça a curiosidade.
Vez ou outra, me acrescentando
Novos conhecimentos
Ou me incentivando
A explorar um pouco mais.
Certa vez, uma pessoa querida
Já sentindo, o hálito da morte
Me disse, que o tudo...
Acaba dando no nada
Frase muito comum hoje em dia
Mas, excelente para reflexão
É o que, às vezes dou como resposta
Às minhas, quase sempre tolas, indagações.
Ao dizer que pessoas esperneiam
Para se desfazerem dos pecados
Não estou pretendendo julgar ninguém
Não tenho, competência, autoridade e nem direito.
Mesmo, sabendo, que se existe pecado
Todo mundo já cometeu alguns
Só sei dizer...
Que ela, partiu desse mundo
Se ela terá as respostas
Que eu e o mundo desejamos.
Jamais o saberemos...
Que Deus a coloque em um bom lugar
No melhor lugar e tempo possível.
Lemos.
16/05/2024
quarta-feira, 15 de maio de 2024
Diversidade.
A Diferença, passou por mim
Olhei para trás
A Diferença, também o fez
Com um ar de desaprovação.
Acenei e sorri...
A Diferença retribuiu
Aparentando serenidade
A paz se fez...
E, as "diferenças"
Se findaram de vez.
Lemos
15/05/2024
Não se aprende a ser sábio
terça-feira, 14 de maio de 2024
Um tiro no pé
Quando jurou a si mesmo
Fazer o bem, sem olhar
Jurou uma grande mentira
Pois o bem, não é um fato
Que se possa afirmar
Ser algo consolidado
E quem ajuda, sempre escolhe
De acordo com o merecimento
Ou com a repercussão do ato
Ninguém ajuda um desafeto
Por mais que ele necessite...
Mas, ajuda o amigo
Por menos que ele precise
E por menos, que ele mereça
Às vezes, ajuda-se em uma mentira
E isso nada tem a ver
Com fazer o bem.
Vejo gente destoando da lógica
E, realmente ajudando
Um possível inimigo
Mas, apenas para humilhar
E mostrar, quem está por cima
Isso não se trata de uma boa ação
Apenas, de alimentar o monstro
E sua sede de vingança.
Falam muito em humanismo
Quando a humanidade já se perdeu
Dentro de velhos conceitos
Ou de novas realidades
Que, por serem fatos
Não significa serem aprazíveis
E nem definitivos
E isso se aplica a todas as coisas.
Pois tudo tem seu prazo de validade
Seja a longo ou curto prazo.
Não pretendo aqui
Buscar soluções, nem consertar nada
Pois sei, que as soluções são temporárias
E que, muitas indagações
Só o tempo é capaz de responder
E nem sempre a resposta é satisfatória
Mas, as lições não deixam de vir
Uns aprendem, outros não!
Já tive, muitas revelações
Entretanto, achei conveniente ignorar
Algumas delas, o tempo se encarregou
De esfregar algumas vezes na minha cara
E, foram novamente ignoradas
Por achar mais confortável
Entretanto, o tempo não para
E volta e meia, nos mostra
O estrago, que faz no mundo
E também nas pessoas .
Mostra também a bagagem
Que cada um carrega
Ou que deixou para trás
Por não conseguir, ou não querer carregar
E com certa ironia, nos dizendo
Que não se recupera o que perdeu
Ou aquilo a que se renunciou.
Também já me propus a ajudar
Mas, nem sempre, o que parece é...
Algumas vezes tive a sensação
De realmente, ter ajudado
Em outras tantas, a certeza
De um tiro no pé .
Porém, quem como eu é impulsivo
Tem como objetivo o próximo segundo
Apesar de saber que um ato isolado
Não mudará a cara do mundo
Nem deterá sua marcha
Rumo a mais degradação
Mas, todos sabemos quê
O mundo já começou assim
E atingiu uma boa longevidade.
Ele jurou fazer o bem
Sem escolher a quem
Eu nada jurei!
E cometi erros, tentando acertar
Há, os que erraram conscientes
Em busca de comodidades.
Num mundo de mentiras
Contrastando com as verdades
Não tem como saber como será
Resta fazer escolhas quando possível
E engolir sapos, ao não ter outra opção .
Quem tem razão é a vida
Que bem ou mal...
Foi feita, para ser vivida.
Lemos 14/05/2024
segunda-feira, 13 de maio de 2024
A voz de Deus
Moro em uma pequena cidade
De noite, escura...
De dia, obscura
Onde tem esgoto a céu aberto
E ditador na prefeitura
Cidade, onde têm ratos
De todas as modalidades
Onde as mentiras, constantemente
Se sobrepõe às verdades
Cidade "incompletável"
Mas, que se crê, mais que completa
Onde as pessoas se submetem
Mas, tentam manter o orgulho
E a espinha ereta.
Contudo, engolem o que lhes é permitido
E seguem suas vidas
Teimando, em acreditar na felicidade.
E sempre sonhando em prosperar
Em um terreno infértil...
Propício, apenas para os parasitas
Que estão prestes a ir embora
Pois, o que havia para sugar
Já foi sugado.
Um lugar, que vai virar deserto
Pois, promete apenas, horrores
Para quem não acompanhar
Os primeiros desertores
Para onde irá esse povo?
Não há como dizer
Pois existem poucos lugares
Onde se possa ficar no mundo.
E quase, que tanto faz
Morrer, de tristeza e escassez
Ficando na própria cidade
Ou sair para morrer
Diante de uma outra realidade
Estranhamente parecida
Com a que ficou para trás.
Quem sabe, entrar em uma bolha
Como nos filmes de ficção
E sair dela, trezentos anos depois
Em uma outra paisagem
Esperando por novos fatos
Mas, se deparar, sendo pisado
Por quem deveria ampará-lo
E, comidos, pelos enormes ratos!
Que serão parecidos...
Com os ratos, do longínquo passado.
Só que, mais numerosos e infinitamente maiores.
E assim, ver o sonho virar pesadelo
Como, amiúde, acontece
Com essa camada chamada, povo
Que se denomina, como a voz de Deus...
Doce ilusão!
Eu acredito quê, se a voz de Deus
Um dia se fez ouvida
Hoje ela, se encontra calada...
E, quando a voz divina
Não tem nada a dizer
Eu, resignado, vejo...
Que não há nada a se fazer?
Pois, se o que tinha de ser chorado
Já o foi por completo
Então, não havendo mais
Lágrimas a derramar
E com todos ombros desativados
É, engolir a tristeza
Sem rebeliões e protestos
A Inês, estando já morta
Não há nenhuma fórmula mágica
Não há bússola sem norte...
Nem placa de saída
Seja ela reta ou torta
Quando não se tem para onde ir
Nem se deixar ao Deus dará
Pois ele já deu...
E, deixamos alguém tomar.
E já, que não resta o choro
Pois ele já está vencido
Pelo menos, um resquício de dignidade
Vendo o fim...
E sabotando, um último gemido.
Lemos
13/05/2024
sexta-feira, 3 de maio de 2024
Melhor sonhar calado.
Não seria nada fácil
E ele bem o sabia
Porém, ele se afirmava
Como o cara mais Fodão
Que no mundo conhecia
Ele não era assim
Do jeito que acreditava.
Mas, coragem era algo
Que quase não lhe faltava
Não era ele, uma fortaleza
Porém, não vivia caindo
Aqui e ali adiante
Até mesmo porque
Não era uma empreitada
Que lhe exigiria qualquer força
Além da força de vontade.
E vontade...
Era, o que ele mais sentia
O que estava em jogo
Era seu atual grande sonho
Conseguir o objetivo
Seria o trinfo e a glória
Não conseguir seria.
Uma experiência vexatória.
Pois para quem se intitula Fodão
Fracassar é como assinar...
Seu certificado de Fanfarrão!
Lemos
03/05/2024
Feedback
Não gosto do
termo, correr atrás
É uma
confissão velada de estar atrasado
Ou de ter
sido abandonado à sorte
Correr
atrás, sempre me soou estranho
Talvez, por
nunca o ter feito.
Dou o
perdido, como perdido
Não corro
atrás do ônibus
Ou, para
tomar o trem.
Trocando
tudo isso em miúdos
Jamais na
vida me vi correndo
Atrás de
algo, ou de alguém.
Toda
oportunidade que é perdida
Deve ser
tratada como ocasião já ida
O tempo
sempre segue em frente
Mesmo porquê
pela lógica
Nada no
mundo segue, senão adiante.
Mas, sem
liberdade de expressão
Passamos a
ser assinantes
Da triste
ironia da contemplação
Onde o mundo,
faz e a gente assiste
Passivo,
submisso e resignado
E não é
exatamente esse tipo de resignação
Que põe a vida
nos trilhos.
Aceitar uma
perda, não deve ser visto
Como
fracasso ou prejuízo
É pensar na sequência
do existir
E, elaborar
nova meta
Ou abordar a
antiga de maneira diferente
Aí quem
sabe, a vida lhe dê um retorno.
O tal de
feedback, palavra da moda
Que faz alguns
se sentirem mais importantes
Pelo simples
fato de pronunciá-la
Seja,
corretamente ou não
Mas, correr atrás
no esporte é válido
Pois não dá para
todos largarem na frente.
Mas, no
relógio da vida
Vejo tudo
isso de forma diferente
Mas, não
condeno quem corre atrás
Quase todos
os santos dias
Por ter
dormido um pouco mais
O tempo, é
uma das coisas
Que a pessoa
deve saber respeitar.
Afinal!
O relógio é
imparcial e não perdoa
Abrem-se as
cortinas
E o
espetáculo se inicia
E quem
desejar ver na íntegra
Tem que
tentar no outro dia
Se ainda
estiver em cartaz
Tempo de
dever, tempo de lazer
Tempo de
oração
Tudo tem seu
lugar e hora.
Tempo perdido,
não é recuperado
É máquina,
sem possível conserto
Tentar recuperá-lo,
pode dar
Em um desastre
irremediável
O ideal
seria assimilar o golpe
E esperar o
round seguinte
Entretanto,
para os que correm
Atrás do
prejuízo ou do lucro
Eles têm,
todo meu respeito.
Pois cada um
é cada qual
E merece
viver do seu jeito
Que somente
a vida e o tempo
Podem mudar
ou não
Na
existência, acredito eu...
Que tudo,
tem a sua razão
Mesmo que
seja educativa
Ensinando-nos
o que se deve
E o que não
se deve fazer.
Um tombo ou
uma trombada
Podem mudar
uma trajetória
Seja ela, certa ou errada
Mas é inegável
que no final...
Sempre haveremos de ter....
Uma história!
Lemos
25/09/2022
quinta-feira, 2 de maio de 2024
Fujo, de com quem me pareço.
Foi assim procurando
Que nada encontrei
Pois não sabia o que procurava
Virei o mundo, por assim dizer
Mas, não saí do lugar
E nem, da mesmice das pessoas
E hoje lembrei da minha mãe
Que vez por outra dizia:
( Se junta, quem se assemelha).
Frase noventa por cento verdadeira
Dependendo da época e do momento
Hoje fujo, de com quem me pareço.
Pois, minha mãe também dizia...
(Dois bicudos não se beijam!)
Dito, que também caiu por terra
Hoje, vejo muitos bicudos e bicudas
A se beijarem descaradamente
Minha mãe, afirmava repetidamente...
Que, ninguém perde por esperar.
Já perdi muito, por esperar
E também por não esperar
O que derruba o clássico 🏛️
Maomé vai à montanha...
Já morri, por vezes ao pé dela
Sei que sonhos
Às vezes se distanciam da realidade
Contudo, tem gente, que pode sonhar
Com tudo aquilo que quiser
Pois tem o 💶💰 direito
De moldar seus próprios sonhos .
Mas, nada mais honesto
Do que, um dia após o outro
Onde entramos em um sonho
Ou, talvez, em um pesadelo
Ou saímos, de um dos dois
E percebemos que poder, e sofrer
Têm prazo de validade
O segundo, um pouco mais elástico.
Alguém haverá de questionar
Se tenho ou tive pai
Sim, eu tive!
Embora, com ele não tenha aprendido
Muito além do suficiente
Ele não era dado a provérbios
Mas, era exímio contador de histórias
Na grande maioria sobre assombrações
Foi com ele, que aprendi a sentir medo.
Um dos poucos ditados que ouvi
Da boca de meu pai...
Foi o do macaco velho
Aquele que não punha a mão
Em cumbucas, ou outro buraco qualquer
Desdenhei em silêncio
E depois, muito depois!
paguei o devido tributo .
Por colocar a mão e o nariz
Onde não era aconselhável .
Tive um bom exemplar de pai
Para os moldes daquela época
Teria sido ele, o melhor exemplo
Não fosse sua irritabilidade
Da qual não me orgulho
De ter herdado um bocado.
Entretanto, aprendi a ser grosso
Sem perder a linha
E sem avançar qualquer sinal.
Com ele, aprendi a apenas querer
Aquilo que me pertencia por direito
Sou grato ao meu pai
Por não me ensinar a ganância
E nem me deixar picar
Pelo inseto 🐜 da inveja.
Posso me afirmar feliz
Mesmo que, às vezes, pelo avesso
E por caminho áspero e tortuoso
Mas quê, por sua vez, me assegurou
Um presente, assaz honroso.
Lemos
02/05/2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024
Pelo final da viagem!
Caridade pega mal.
Quando não é de verdade
Quando é posta no jornal.
É isso que as pessoas
Vem fazendo dia após dia
Tentando enganar a verdade
Enquanto ela esta dormindo.
Mas, no momento em que acordar
Vai gritar aos quatro ventos
E trazer à tona o tamanho
Do pecado cometido
E a cobrança será inevitável
Caridade politica é mentira escandalosa
Falsidade escancarada!
Aceita pelo desespero ou....
Por sentimentos análogos
Onde o que importa é a vantagem
Mesmo que momentânea
Uma sentença assinada à punho
Em uma decisão errônea
Cujo preço, é maior que o beneficio
Onde o mal devia ser extirpado no inicio.
Mas, o mundo vem seguindo assim
Desde os tempos mais remotos
E, embora o homem tenha evoluído
Não comediu seus maus instintos
E dá prioridade à lei da vantagem
E só vai dar voz à razão
Lá pelo final da viagem
Onde não haverá forças
E nem tempo para recomeçar.
Só restará vestir o terno de madeira
E ter pela frente
Uma nova "vida" inteira
Onde o calor prevalecerá
E, embora não se acostume
Aos gritos, haverá de suportar
Aquilo que será sua nova vida
Onde não haverá qualquer caridade.
E a dor será...
A única verdade...
É o que ouço dizer, e gostaria que fosse
Exatamente desse jeito
E que tudo não terminasse
Em pizza , ou em flores
Nada mais justo, que um caldeirão ardente
Pra quem semeou ,um mundo de horrores.
Onde, o que realmente acreditou
Foi humilhado e esmagado
Sem qualquer resquício de piedade
Oxalá, a verdade definitiva
Seja, realmente, de verdade!
Lemos
01/05/2024