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terça-feira, 7 de abril de 2020

Pai Pregüiça





Não vejo em você a certeza
Que gostaria de sentir
Para ter alguma confiança no amanhã
Pois sei de você no passado
Quando éramos apenas uma pessoa
Já senti o gosto e o vi mudando
Como na música do Chico...
O que era doce acabou.



Já não conto, tampouco acredito
Em doces lorotas...
Já não rio de tolas anedotas
Ainda choro por leite derramado
Mas, me consola, o irremediável!
E me assusta o que está por vir
Foi bom ter o calor dos seus abraços.



Porém, me afugenta o som de seus passos
Embora tenha a tentação de lhe esperar
Sei, que representaria o meu fim
A minha velha fraqueza de lhe amar
Por isso engulo em seco
E sequer respiro para não ser ouvido.



O medo de amar é comum
Em quem, por amor foi ferido
Já dizia...
O velho e  sábio, Pai Preguiça
“Cão picado por cobra...
Tem medo, até de linguiça!



Lemos
07/04/2020






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