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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Peso morto!







Ficou a impressão de deixar algo pra trás
Mas, era imperioso seguir
Não havia outra alternativa...
Nunca há!
Quando chega o momento do adeus
Quando chega, a hora de partir
Às vezes, acreditamos que a vida é simples
Como dizem os simplistas e os indolentes
Mas, não é bem assim
Muitas vezes temos que renunciar
E levar apenas o essencial
Satisfazer caprichos, pode ser fatal.



A vida não é brinquedo, embora precisemos...
De vez em quando, um pouco de ludicidade
Porém, temos que estar prontos para uma dura verdade
Que nos bate à porta sem prévio aviso
Ou que se anuncia, mas não percebemos
Hoje tenho absoluta certeza, de erros e acertos
Que na vida cometi, alegro-me com os sucessos
E me entristeço com os enganos
Contudo, não me prendo a lamentações
Pois vejo-as, como atraso de vida
O que para quem se vê atrasado
Não se torna qualquer ponto de partida!



Olho, levemente, para trás e pego minha bagagem
Sei que deixarei na gaveta, alguma coisa
Que gostaria muito de levar
Mas, só sentirei a falta, bem lá na frente
Como já aconteceu em outras situações
E mesmo assim, a vida continuou
Entre sorrisos, prantos e as vezes completa euforia
Nunca houve tempo para depressão
Uma vez que, mesmo faltando algum quesito
Jamais, tive uma vida medíocre e vazia.



Por incrível que pareça...
Muitas vezes o passado me alcançou
Para me premiar ou fazer alguma cobrança
Em nenhuma delas senti-me orgulhoso ou constrangido
Já esqueci coisas importantes...
E fingi esquecer, algo que julgava irrelevante
Também já me vi largado à um canto
Sem nada a seguir...
Nenhuma pegada ou sinal. Foi onde aprendi...
Que o pior peso, é o peso morto
E não guardei qualquer ressentimento
Apenas reconsidero alguns erros
Entretanto, não me puno por havê-los cometido.



Pois conheço um pouca da história
Antiga e também, mais recente
E entendo os enganos, como coisas naturais
Que se já causaram danos irreversíveis
Que temos que enxergá-los como tal
E aceitarmos o mundo com suas festas
Com os seus terrores, seus crimes
Como algo, estranhamente, natural;
Quantas fatalidades, já tivemos que engolir?
Quantas alegrias duradouras, ou não?
Ainda estarão por vir!
A estrada se abre à frente com duas opções...
Quedar-se covardemente, ou simplesmente seguir.



Os que seguiram estão por aí
E possuem história a contar
Os que desistiram, são histórias finalizadas
Que já foram, ou serão esquecidas
Desculpe, mas, preciso ir andando
Alguns fantasmas, estão quase me alcançando!


Lemos
17/12/2019








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