Powered By Blogger

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

A dor de cada dia!



Querendo ou não, o medo está presente
Pois, não fosse assim...
Não seria gente, não sofreria
A dor de cada dia, não veria!
O entardecer, como começo de fim
Não seria eu, o que sou
Diante de um mundo que não se assusta
E volta e meia, nos põe, de saia justa
Um mundo, em que a justiça não predomina
E jamais predominará
Digo porquê sei, baseado no que vi
E, nas tantas surras que levei
Quando voltarei a sorrir?
Confesso, humildemente, que não sei.



Fugir?
Pra onde, eu lhe pergunto...
Já ouviu falar de globalização?
Pode até me dizer que não
E eu, generosamente, talvez finja acreditar
Enquanto, dissimulada, você cutuca seu celular
Talvez, teclando com alguém
Lá do outro lado do velho mundo
Que estertora, mas não acusa o fim...
Praticamente cego!
Para não ver seus filhos serem torturados
O que, as vezes soa a aceitação.




Não quero ser a voz da razão
Já tem muita gente reivindicando
E a razão, já tão escassa, não cabe...
No bolso de todos os candidatos
Por isso, fico quieto aqui do meu lado
Dizendo e desdizendo, conforme a vida vai me empurrando
Para um e para outro lado, de vez em quando pra trás
O que me dá a impressão de imortalidade
Coisa de quem, já não se preocupa com a morte
Mesmo, porque de nada adiantaria, posto que ela virá
E, sendo assim...
Que venha, sem atormentar!


Mesmo assim...
Dá elementos pra ponderar
Quando a morte não impressiona 
E a vida passa a assustar!



Lemos
11/12/2019




Nenhum comentário: