Querendo ou não,
o medo está presente
Pois, não fosse
assim...
Não seria
gente, não sofreria
A dor de cada
dia, não veria!
O entardecer,
como começo de fim
Não seria eu,
o que sou
Diante de um
mundo que não se assusta
E volta e
meia, nos põe, de saia justa
Um mundo, em
que a justiça não predomina
E jamais
predominará
Digo porquê
sei, baseado no que vi
E, nas
tantas surras que levei
Quando voltarei
a sorrir?
Confesso, humildemente,
que não sei.
Fugir?
Pra onde, eu
lhe pergunto...
Já ouviu
falar de globalização?
Pode até me
dizer que não
E eu,
generosamente, talvez finja acreditar
Enquanto, dissimulada,
você cutuca seu celular
Talvez,
teclando com alguém
Lá do outro lado do velho mundo
Lá do outro lado do velho mundo
Que
estertora, mas não acusa o fim...
Praticamente cego!
Praticamente cego!
Para não ver
seus filhos serem torturados
O que, as
vezes soa a aceitação.
Não quero
ser a voz da razão
Já tem muita
gente reivindicando
E a razão, já
tão escassa, não cabe...
No bolso de todos
os candidatos
Por isso,
fico quieto aqui do meu lado
Dizendo e
desdizendo, conforme a vida vai me empurrando
Para um e
para outro lado, de vez em quando pra trás
O que me dá
a impressão de imortalidade
Coisa de quem,
já não se preocupa com a morte
Mesmo,
porque de nada adiantaria, posto que ela virá
E, sendo
assim...
Que venha,
sem atormentar!
Mesmo assim...
Dá elementos pra ponderar
Quando a morte não impressiona
E a vida passa a assustar!
Mesmo assim...
Dá elementos pra ponderar
Quando a morte não impressiona
E a vida passa a assustar!
Lemos
11/12/2019
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