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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Seu nome tatuado




Chegou falou
Sorriu cantou
Até mesmo
Abraçou-me
Depois me beijou.
E um grande amor
Prometeu-me!
E até mesmo jurou.


Não posso...
Dizer que não durou
Foi doce!
Mas acabou
Bem antes do que deveria
Infausto dia
Em que disse adeus.


E voltou pra onde veio
Deixou-me vazio
Mas de coração cheio
Pois amor...
Não se acaba assim
Não para mim
Que amava de verdade.


Foi-se inteira
Deixou-me
Menos que metade
Alma vazia
Coração pleno
Depois de certo tempo
Já não sofro.


Mesmo assim...
Ainda me condeno
Por ter-me doado
Voltei a ser eu
Mas incomoda-me
Ter me sentido
Um fracassado
Passo bem!


Todavia...
Ainda choro
Uma ou outra vez
Ao lembrar
A falta que me fez
Melhor esquecer
 Conformar-me
Em ser sozinho.


Estou calmo e quieto
Porém parado
Não busco...
Outro caminho
Por medo de sofrer
Recuso outro amor
Tenho medo!
De algum carinho.


Entretanto...
Afirmo estar curado
O medo!
É maior defesa.
Certa arrogância
É a carta que tenho
Para por na mesa.

E na manga...
Uma carta marcada
Seu nome tatuado
No meu pulso
Que, quase não pulsa.
Nem, pelo suposto tudo.
Nem, pelo palpável nada!

Lemos
20/10/2014




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