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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Anjo medroso








Sumiu a minha voz        
Mas naquele momento
Era do que menos precisava
Dizia, meu medroso anjo
Que, à sua maneira.
A mim guardava.
Tinha ele, medo...
De ver-me morrer
Ou até mesmo, sofrer.
E num gesto claro
Induziu-me a correr
Mostrou-me que o melhor
Seria eu ir embora.




Sem opções claras
Concordei na mesma hora
Já me voltaram as palavras
Mas, corro até agora.
Sem olhar pra trás
A possibilidade de vê-la
Não me apraz
Ouvir de novo a sua voz
Seria pesadelo atroz
Por isso mesmo
Preservo...
Meu anjo assustado
Grato por ter-me ensinado
A retirada estratégica.
Quando, calado...
Poderia eu ter ficado
Refém de sua obsessão
Continuaria eu...
Calado...
E sempre sem razão!


Lemos
21/10/2014


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