Secou a mina
Muitas construções!
Todos tinham:
Suas razões.
Verdade crua
Ninguém pode...
Morar na rua
Muitos moram!
Por opção
Ou por falta dela
Eterna novela.
A velha, linha burra.
O velho jogo
De empurra- empurra.
Precisávamos morar!
Precisávamos invadir!
E também desmatar.
Terrenos invadidos
Igual, a esgoto...
Correndo a céu aberto
Ingrediente mais que certo
Para a recompensa
Que vem:
Em forma de ratos...
De insetos
E todo tipo de doença.
Mas, como as eleições.
Estão pra chegar
O cidadão eminente
Vem nos visitar
Com promessas claras
De pavimentar, sanear.
E por fim regularizar
E por mentiroso que seja
A jumenta necessidade
Nos leva a acreditar!
Mas depois das eleições
O trator que chega
Vem pra derrubar
A nossa morada
E o prefeito eleito diz
Não poder fazer nada
Com plena convicção
E cá entre nós
Coberto de razão
Pois não mandou
Ninguém invadir.
Agora!
É pegar o que sobrou
E procurar aonde ir.
Precisávamos invadir?
Lemos indignado e resignado.
Cinco de setembro de dois mil e
treze.
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