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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Pegando o que sobrou





Secou a mina

Muitas construções!

Todos tinham:

Suas razões.

Verdade crua

Ninguém pode...

Morar na rua

Muitos moram!

Por opção

Ou por falta dela

Eterna novela.

A velha, linha burra.

O velho jogo

De empurra- empurra.

Precisávamos morar!

Precisávamos invadir!

E também desmatar.

Terrenos invadidos

Igual, a esgoto...

Correndo a céu aberto

Ingrediente mais que certo

Para a recompensa

Que vem:

Em forma de ratos...

De insetos

E todo tipo de doença.

Mas, como as eleições.

Estão pra chegar

O cidadão eminente

Vem nos visitar

Com promessas claras

De pavimentar, sanear.

E por fim regularizar

E por mentiroso que seja

A jumenta necessidade

Nos leva a acreditar!

Mas depois das eleições

O trator que chega

Vem pra derrubar

A nossa morada

E o prefeito eleito diz

Não poder fazer nada

Com plena convicção

E cá entre nós

Coberto de razão

Pois não mandou

Ninguém invadir.

Agora!

É pegar o que sobrou

E procurar aonde ir.


Precisávamos invadir?



Lemos indignado e resignado.





Cinco de setembro de dois mil e treze.












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