Fui forçado
A mudar o trajeto
E também o discurso
Tornei mais leve a fala
E mais longo o percurso
Não mais falo
Em amor eterno
Nem em pátria querida
Apenas vivo!
E já nem cuido tanto
Da saúde.
Nem me transtorno
Em preservar a vida.
Durante a jornada
Aprendi a sopesar a carga
E avaliar a estrada
Já sei...
Da instabilidade humana
Sei também, da mente volátil.
E da consciência profana
Vejo-me, amiúde, concordando.
Embora, a alma não concorde
Sei do cachorro que late
Sei do que não late
E, no entanto, morde!
Já vi muita mulher honesta
E já tropecei
Em mulher que não presta
Já negociei com homem
De uma palavra só
Entretanto, já vi homens
Dando todo tipo de nó
Aprendi que criança não mente
Mas a maior angústia
Que meu coração sentiu
Foi quando:
Uma criança mentiu
E a mais bela verdade
Por si só, se desmentiu.
Lemos chorando, outra vez!
Quatro de setembro de dois mil e
treze.
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