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terça-feira, 4 de outubro de 2022

Meio vivo!

 


Lembro-me de um tempo

No qual vi você brilhando

Mas, já passou há muito

Depois vi você se apagando

E desaparecendo no nevoeiro

Sem olhar para trás

Vislumbrando algo à frente

Vi você indo com sua suposta verdade

Sem nenhuma frase... 

Nenhum balão de pensamentos

Talvez fosse essa, a sua verdade!



Depois disso, não sei...

Só ficou a neblina e o silencio.

Agora está de volta

Economizando ou, quem sabe...

Sonegando palavras.

Não sei!

Por onde você passou

Tampouco sei, com quem andou

Nem o que comeu, bebeu ou cheirou.



Só sei...

Que não me apetece mais...

A sua companhia...

Seja para trabalhar, jogar bola

Ou até mesmo, pescar

Fim de uma era...

Amizade que, já era!

Tenha, se possível for

Um bom, ou razoável dia!



Quero! De coração...

Que exista algum caminho

Que possa ser percorrido

E algo a ser plantado e colhido.

Pois, seus argumentos

Já não se fazem valer

Por ter,um dia

Abdicado de uma verdade

Que aparentemente era definitiva.

Do fracasso enquanto gente

Passou a ser uma prova viva.



Que, um dia me convenceu

Não tenho mais créditos a lhe dar

Mas ainda tenho.

Alguma coisa boa a lhe desejar.

Desde que, longe da minha estrada.

Posso estar agindo errado

Porém, não darei minha mão

Ao peso da palmatória.



Ao escrever a sua historia

Sem saber alterou a minha

Dando-me uma nova visão

Das várias nuances da vida

Trazendo-me um certo medo

De por qualquer dos dois pés

Um milímetro a frente.



Difícil, ser gente nesse mundo cão 🐕

Onde o que parece ser.

De repente já não é mais

Onde o riso pode ser apagado

A um simples pestanejar

Ou, a um toque de indecisão

Onde, não cabe correr

Ou até mesmo se encolher

Diante da possível ou suposta ameaça.

Resta-nos dormir, havendo sono

E acordar no dia seguinte

Caso, esse dia venha a existir.



Comer o que tiver à mesa

Abraçar alguma esperança

Sem confiar em qualquer certeza

Pois pode ser chuva passageira

Que induz a travessuras, plantios.

E outras tantas besteiras.

Que podem nos dizer

De que matéria somos feitos

E mover de alguma maneira

Os nossos peões...


Quê, com aparência insignificante

Podem levar ao sucesso

Ou ao mais desastroso caos

Já não tenho palavras, gestos

Ou qualquer outro tipo de ação.

Já morri algumas vezes.. 

E, outras tantas acordei meio vivo.

As minhas canções prediletas

Perderam-se no vazio

Assim como algumas...

Das minhas vontades e verdades.



Não vejo mais, aquele pequeno brilho

Em meio ao carvão, que a um simples sopro

Traria de volta a chama.

Não tem como voltar ao antes fui.

Vejo meu sorriso no espelho.

E já não acredito nele

E essa lágrima salgada

Que, teimosa, me escorre ao rosto

Já não me diz a que vem

E desconfio que ela é mentirosa.



Só meu estômago não mente.

E clama por alguma comida

Mesmo, de duvidosa qualidade

Meu avô dizia...

Que o melhor tempero é a fome.

Uma imperiosa verdade

Em meio a um mundo enganador.

Que nos ensina, desde tenra idade

A cantar alguns hinos.

Que não dizem respeito a nós.

Quê, enquanto massa, protestamos...

Falando e batendo em latas...


Entretanto...


Nada de termos voz!

 

 

Lemos

16/05/2016

Reeditado em 04/10/2022

 

 


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