Lembro-me de um tempo
No qual vi você brilhando
Mas, já passou há muito
Depois vi você se apagando
E desaparecendo no nevoeiro
Sem olhar para trás
Vislumbrando algo à frente
Vi você indo com sua suposta verdade
Sem nenhuma frase...
Nenhum balão de pensamentos
Talvez fosse essa, a sua verdade!
Depois disso, não sei...
Só ficou a neblina e o silencio.
Agora está de volta
Economizando ou, quem sabe...
Sonegando palavras.
Não sei!
Por onde você passou
Tampouco sei, com quem andou
Nem o que comeu, bebeu ou cheirou.
Só sei...
Que não me apetece mais...
A sua companhia...
Seja para trabalhar, jogar bola
Ou até mesmo, pescar
Fim de uma era...
Amizade que, já era!
Tenha, se possível for
Um bom, ou razoável dia!
Quero! De coração...
Que exista algum caminho
Que possa ser percorrido
E algo a ser plantado e colhido.
Pois, seus argumentos
Já não se fazem valer
Por ter,um dia
Abdicado de uma verdade
Que aparentemente era definitiva.
Do fracasso enquanto gente
Passou a ser uma prova viva.
Que, um dia me
convenceu
Não tenho mais créditos a lhe dar
Mas ainda tenho.
Alguma coisa boa a lhe desejar.
Desde que, longe da minha estrada.
Posso estar agindo errado
Porém, não darei minha mão
Ao peso da palmatória.
Ao escrever a sua historia
Sem saber alterou a minha
Dando-me uma nova visão
Das várias nuances da vida
Trazendo-me um certo medo
De por qualquer dos dois pés
Um milímetro a frente.
Difícil, ser gente nesse mundo cão 🐕
Onde o que parece ser.
De repente já não é mais
Onde o riso pode ser apagado
A um simples pestanejar
Ou, a um toque de indecisão
Onde, não cabe correr
Ou até mesmo se encolher
Diante da possível ou suposta ameaça.
Resta-nos dormir, havendo sono
E acordar no dia seguinte
Caso, esse dia venha a existir.
Comer o que tiver à mesa
Abraçar alguma esperança
Sem confiar em qualquer certeza
Pois pode ser chuva passageira
Que induz a
travessuras, plantios.
E outras tantas besteiras.
Que podem nos dizer
De que matéria somos feitos
E mover de alguma maneira
Os nossos peões...
Quê, com aparência insignificante
Podem levar ao sucesso
Ou ao mais desastroso caos
Já não tenho palavras, gestos
Ou qualquer outro tipo de ação.
Já morri algumas vezes..
E, outras tantas acordei meio vivo.
As minhas canções prediletas
Perderam-se no vazio
Assim como algumas...
Das minhas vontades e verdades.
Não vejo mais, aquele pequeno brilho
Em meio ao carvão,
que a um simples sopro
Traria de volta a chama.
Não tem como voltar ao antes fui.
Vejo meu sorriso no espelho.
E já não acredito nele
E essa lágrima salgada
Que, teimosa, me escorre ao rosto
Já não me diz a que vem
E desconfio que ela é mentirosa.
Só meu estômago não mente.
E clama por alguma comida
Mesmo, de duvidosa qualidade
Meu avô dizia...
Que o melhor tempero é a fome.
Uma imperiosa verdade
Em meio a um mundo enganador.
Que nos ensina, desde tenra idade
A cantar alguns hinos.
Que não dizem respeito a nós.
Quê, enquanto massa, protestamos...
Falando e batendo em latas...
Entretanto...
Nada de termos voz!
Lemos
16/05/2016
Reeditado em 04/10/2022
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