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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Fora do baralho

 


Gosto muito do meu país

Mas, não posso dizê-lo...

O melhor lugar do mundo

Se, mal o conheço!

E se nada vi, do resto do mundo

Gosto do verde e amarelo

Do azul e também do branco

Porém, isso não me torna um patriota

Até mesmo, porque não o sou.



Se fosse patriota, já teria morrido

Meu pobre coração não suportaria

As lambanças dos nossos governantes

Não quero, de forma alguma ser patriota

É desproporcional o custo beneficio

Não daria minha vida por qualquer nação

Nenhuma delas merece tal sacrifício

Quando, quase menino, me obrigaram

A fazer um falso juramento

Diante da nossa bandeira

Jurei, resignado, e face ao momento.



Mas, em caso de alguma guerra

Fugiria no mesmo instante

Se não, pelo medo da morte...

Eu me recusaria a atirar bombas

Em meus irmãos e semelhantes...

Apenas, porque meu governo mandou

Ninguém vai a guerra por bravura

Como nos ensina a enganosa história

Morro de velhice, com os netos no colo

Mas, me recuso a morrer em luta inglória

Liberdade de expressão, dizem os postulantes

Aos altos cargos de nosso país

Isso não existe, dentro da ditadura

Tampouco, nessa falsa democracia

Onde dão os direitos com a mão direita

Para logo os arrebatarem com a esquerda.



Nunca fui patriota, e jamais o serei

Meu tempo de lavagem cerebral

Nunca existiu, e não virá a existir

Gosto, do meu país verde e amarelo

Contudo, viveria em qualquer outro lugar

Se fosse essa a minha sina

Me interessa, aprender coisas novas

Mas, chuto a bunda de umas “verdades”

Que a história, em vão tenta me impor

Todo homem público tem vida privada

Onde se misturam, alhos e bugalhos

Onde somos todos "Importantes"

Quando há eleições...

E depois, viramos inúteis cartas...

Do lado de fora do baralho.

 

 

Lemos

07/10/2022

 

 

 

 


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