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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Ressalva


Ainda era cedo!
Você também acreditava
Mas, mesmo assim se foi.
Por não ter poder de decidir
Teve que quedar- se e ir
E, assim tem sido
Durante uma eternidade
Que não é eterna
Como também, não o é a vida.




Seguimos um caminho cada qual
É no final dá no mesmo
Mesmo não sendo igual...
A descrição do fim
Fica a dica!
De que viver é fatal
Como as palavras que ditas ou não
Jamais!
Transformam-se em salvação.



Salvação!
Na qual acredito
Porém, com alguma ressalva.
Posto quê, palavras derrapam.
Ou às vezes se enganam
Isso, quando não se perdem.
Em algum labirinto
Que se esconde ou não
Dentro de uma célula
Paralela à razão.





Tão sutil, que a gente não sente
Por isso, agravando a agravante
De que a palavra, mormente nos mente.
Mesmo quando vem de dentro de nós.
Por vezes, temos que discordar
Da nossa própria voz
Por conta da rapidez com que ela vem
Assim é também com a vida.
Mesmo não querendo findar
Vê-se de partida.
Mesmo com um pé atrás.





Não tem como não se deixar levar
Quero comer hoje, do melhor!
É amanhã também
E, se possível, consecutivamente
Vale também para meu sorriso
Que me faz enxergar como gente
É vislumbrar melhores sendas
Que minha alma floresça a cada piscadela
Que meus olhos derem
Ou, a cada passo de meus pés.





E quê:
A cada mentira que proferir
Eu aprenda uma nova verdade.
Ao partir sem me avisar
É sem sequer se avisar
Deu-me o norte da boa convivência
É óbvio de vez em quando
Ser necessário faltar com a verdade.
Não para iludir!
Mas, para mostrar um mundo.
Onde ainda se pode viver.
Tem sabores e nuances
Que ninguém precisa saber
Sigo cantando...
Desafinado ou não! 




Canto também... 
Por não saber se daqui a pouco
Terei a graça de emitir algum som
O mundo é duro e cruel
Mas, viver ainda pode ser bom.
Dependendo do tamanho do pé
Ou do sapato que o calça.
Morre menos quem vai
Do que o ente querido
Que empunha a alça
Do sofisticado, ou miserável caixão.
Desejo acordar amanhã
Para continuar o devaneio o qual chamamos "Vida."





Dizendo mentiras e verdades
De acordo com a canção
Que ouvir ou crer estar ouvindo
Mas, carregando a certeza.
De que a qualquer momento...
Estarei partindo
Mesmo, com os pés fincados ao chão.
Ou com um contrato de vida carimbado
E também assinado na mão.






Dou como certo o que não tem remédio
Busco razão para nova melodia
Ou uma piada em gestação
De vez em quando, me assusto.
E dou um passo de recuo
Mas não permaneço atrás
Lembro-me de minha mãe a dizer
(São Brás na panela tem mais).






E tem sido assim até agora
Onde ainda tento engolir
Que você...
Foi mesmo embora!




Lemos
17/07/2017















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