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sábado, 21 de janeiro de 2017

Louco!




De quando fui!
Nem me lembro mais
Tanto faz!
Não preciso lembrar
Uma vez quê...
Nada representou ter estado.


E, aqui do meu lado
Está tudo bem
E caminha meu pensamento
Embora lento e  esquecido
Faz-se ouvir!


Não quero antever
Aonde ir!
Apenas preciso manter
Algum resquício de paz
Que não precisa ter o seu nome
Nem tampouco...
Exalar seu cheiro.


Quê, não necessite ter
A sua cor
Nem ao menos remeter
Ao seu sabor
Que para mim
Apenas significa
A estrada por onde passei.


Não vou detalhar
A minha trajetória
Não me convém!
Dado às lacunas frias
De minha memória
Cheia de pegadas inúteis.


Que não deixam sinais
Que possam elucidar
Alguns enigmas
Não desejados.
Não aborto o passado
Mas, não quero alimentar.
Fantasmas que não criei
E aos quais abomino.


Mas, quê!
Desagradáveis, insistem.
Em me atormentar.
Muitas noites frias
Já se passaram
E nem por isso morri.


Quero apenas, descansar o fim.
Sendo pra me bater
Não estou aqui!
E também não estarei amanhã
E nem depois
Minhas cicatrizes não querem
Comichar o nós dois.


Elas querem existir dentro
De uma falsa realidade
Cujo nome, é Insensatez!
Meus temores...
Tremem de medo
Dentro da possibilidade
De um hipotético talvez.


Que possa me tomar pela mão
E me trancar no escuro...
Pastoso e frio...
A bordo...
Da mais terrível alucinação
Que se move prometendo um futuro.


Futuro, incerto e repulsivo
Que possa se apresentar
Em forma de castigo
Minha memória...
Teima em esquecer
O passaporte que tive
E usei de forma leviana.


Ainda me chamam de patrão
Alcunha de origem duvidosa
Quero ser deixado esquecido
Sem ser posto...
A qualquer prova.


E...
O pão que o diabo amassou
Não desejo comer novamente
Matou-me a fome!
Lá no passado
Não preciso revê-lo à frente
Por ainda sentir o seu sabor
Em um misto de euforia e pavor.


E na loucura em que vivo agora
Ainda creio em libertação
E quando, talvez...
Soprarem os maus ventos
Não quero tê-la pela mão
Ao cheiro adocicado de incenso
Ou ao som de bela canção.


Não acredito!
Em partida sem dor
Assusta-me!
Qualquer história de amor
Pelo que conheço do depois
Deixa-se e ser um
E sofrem os dois!







Lemos






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