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domingo, 4 de setembro de 2016

Indo e vindo!




Sem sede de procura
Agora!
É só comprar remédio
Comprar comida...
Comprar mistura.
Levar e buscar os netos
Ir às reuniões da escola.


Saudades!
Das noites aventureiras
Das mulheres festeiras
De um tempo em quê...
Assim como agora.
Não fazia planos
E mesmo assim...
A coisa andou.


E agora me vejo
Do jeito que estou
Resignado...
Mas, não acostumado.
Com os desígnios da sorte
Mesmo assim!
Não conto com a morte
Para agora, tão cedo.


Já vi mortes estranhas
Que me causaram certo medo
E segui aprendendo a vida
Sem acatar suas lições
Tendo em cada dia
Um novo motivo
Para me felicitar ou maldizer
O fato de ainda estar vivo.


E de desgosto em desgosto
De saudade em saudade
A dura convicção
De que há muito
Já passei da metade
E a constante ameaça
De que o próximo passo
Poderá ser o derradeiro.


E emoção e a serenidade
De saber que o inacreditável
Pode ser o mais verdadeiro
Por isso, não fujo!
Pois sei que de nada adianta
Já fugi algumas vezes
Mas, não me poupei da dor.
Pois o perigo me esperava à frente
Como nos filmes de terror.


Porém, nunca foi o fim
Às vezes eu o atropelava
Outras vezes ele...
Passava, ele, por sobre mim
Deixando em algumas escoriações
Uma centena de lições
Que aprendidas, não as absorvia
Como seria aconselhável
De tudo isso pude deduzir
Como a vida pode ser admirável.
Por vários pontos de vista.


E, ser feliz ou infeliz
Não tem forma de sopesar
Tem cargas que se abandona
Outras se agregam ao ser
Aprendi que ninguém se vai
Deixando cumprido o dever
Ou fazendo deixar de ser...
Vã, a filosofia!


Vou dormir!
Pois há a possibilidade
De um próximo dia!


Lemos
04/09/2016


3 comentários:

Gustavo Reyes Ramos disse...

Mi padre decía, "nadie se muere en la víspera".
Fuerte y entrañable abrazo hermano mío!!!!!!

onilsepol disse...

Só o peru!
Abraço

onilsepol disse...

Só o peru!
Abraço