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sábado, 6 de junho de 2020

Lacunas




Todos os dias me surpreendo
Com histórias que ouço
Ou que simplesmente se criam
Por si só, na minha caminhada.





Algumas ficam pendentes
De alguns detalhes
Que são ou não acrescentados
Em uma próxima ocasião
Por isso sempre estou atento
Com a mente aberta a novos fatos
Que sei que logo serão descartados
Para dar lugar a outra realidade
Que também terá seu prazo de validade.





Assim como...
O tem, tudo no mundo.
Dá pra contar nos dedos
Fatos que se tornaram definitivos
Dentro de algum contexto
Vi teorias cairem por terra
Diante de alguma outra
Até mesmo sendo mais duvidosa.




Que nem tudo é para sempre
Não está em questão
O que mais me espanta...
É a perene mutabilidade
Que tem as afirmações
E a altíssima velocidade...
 Com que morrem as convicções
Com que passam as ocasiões.





E vejo será a mesma brevidade
Com a qual convivem as emoções
Mesmo assim continuo a fazer planos
E me dou por quase feliz
Quando os realizo parcialmente
Pois assim mesmo é vida
Nunca a vivemos inteira...





Dado as lacunas que ficam
E a volatilidade com que é confeccionada
Isso se dá com a alegria
Como também acontece com a dor
Tudo tem hora de começar
E também de acabar.





A dor sempre nos parece mais duradoura
Devido a urgência que temos em mandá-la
Para algum lugar esquecido
Porém, das eventualidades
É a que mais é provida de obsessão
E nunca tem pressa de ser removida.





Falo de dor física e também emocional
Não sei precisar qual delas é a pior
Mas, acredito ser aquela do momento
Todavia, sei que a alegria maior
É aquela que mora nos sonhos
Pois ainda não acabou!






Lemos
Seis de junho de dois mil e vinte.




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