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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Firme e cristalino





No vão!
Entre o trem e a plataforma
Ficaram seus passos
Assassinados pela pressa
De quem vinha atrás
E queria apenas um lugar
Onde pudesse sentar.


Suas pernas!
Por um assento.
Para quem...
Já acordou cansado
Para quem!
Não tem respeito...
Tampouco, educação.




Foi o egoísmo
Quem mutilou aquele irmão
No entanto, o vão.
Entre o trem e a estação
Ceifou os seus passos
Mas não matou seu sorriso
Que segue firme e cristalino.




Homem de coragem
Não se entregou ao amargor
Que pudesse lhe impor
O questionável destino
Sua alegria segue avante
Assim, como a humanidade.
Que por conveniência
Amiúde, se esconde
De sua própria verdade.



E ao vê-la bater na sua porta
Faz-se de ausente ou de morta!



Lemos

12/08/215

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