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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Hoje






Hoje!
Triste dia
Péssima hora
Casa vazia
Saudade de outrora
Onde havia
Pessoas à volta da mesa
Crianças jogando bola
Bons discos na vitrola
Bons tempos de sossego
De fartura, amigos e emprego.
Agora nessa nefasta hora
De tormento, de arrependimento.
Em que chora a dor
De um dia ter tido
E não dado o devido valor
Ao que deveria ter dado
Valorizando falsas amizades
E jogando dinheiro fora
Correndo atrás de frivolidades
Joguei emprego e conforto fora!
E sem dinheiro sem dar festas
Vi também, meus amigos irem embora
Hoje meus filhos brincam sós
Seus amigos debandaram com os pais
 A covardia não tem voz
Mas grita na alma da gente
Que se anula e que se vende
Só para ter companhia
Sem atentar que depois de um dia
Fatalmente vem outro dia!
Certamente desfrutarei
De dias mais confortáveis
Pois o Pai jamais nos abandona
Naturalmente, parasitas:
Brotarão à minha porta
Que naturalmente estará fechada
Assim como:
Está agora minha alma
Contudo, não culpo ninguém.
Pela minha tola atitude.
Louvores! Somente ao Pai
E zelar:
Por minha família e minha saúde
Ajudar a quem realmente precisar
Sem querer aparecer ou agradar!
Lemos arrependido dezenove de dezembro de dois mil e treze.

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