Falo sobre o que sei
Sobre o que não sei
E, sobre o que acredito saber
Falo, a respeito do que acredito
Falo do que não creio
E falo, do que já não ponho fé
Quase sempre digo o que penso
Salvo, em algumas ocasiões
Em que posso ferir ou ser ferido
Levo a vida, e já tenho certa longevidade
Reconheço, ter cometido mais erros
Do que acertos.
Entretanto, sempre segui meus princípios
Acredito ter valido, posto que ainda estou aqui.
Nem todos falam sobre tudo
Nem admitem a própria ignorância
Diante, de certos fatos ou fatores
Eu, por meu lado, raramente me omito
E assim, vou aprendendo
Através de críticas ou correções
De pessoas das quais as observações são relevantes.
As vezes aprendo naquele momento
E desprezo, logo depois
Após breve avaliação, que nem sempre é a ideal.
Sigo vivendo, como todos que persistem
A cada um, seu lema atual
A cada qual o seu modo "ideal"
Gosto de expressar meus sentimentos
Antes me sentia respeitado por isso
Hoje, já não acredito nisso
A grande maioria das pessoas
Não está nem aí !
Para o sentimento alheio
E, amiúde, se incomodam ao ver alguém feliz
E aí que vemos em ação...
O racismo, a intolerância e o preconceito.
A despeito de tudo isso, o mundo segue
Sua irreversível trajetória
Não sendo necessário ser profeta
Para vislumbrar o triste final
Que nenhum de nós presentes irá observar
Diante da nossa brevidade
Quando defino minha pouca idade como longevidade
É fruto, do que vejo atualmente
Mesmo, com tanto avanços da ciência
As pessoas estão morrendo precocemente.
Até mesmo, por conta desses mesmos avanços.
O que posso dizer, é que
As palavras, estão mais para simbologia
Para escrever a história
Do que somos, ou do que fomos
Agora, ou em um muito distante, mundo ou dia!
Lemos
Oito de outubro de dois mil e vinte cinco.
Um dia, não sei quem o disse:
"Mil anos chegarão, dois mil anos não passarão".
Passaram, a história ficou.
Profecias, nem sempre acertarão!