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quinta-feira, 25 de abril de 2024

 


Todos são donos da razão 

Em determinado momento 

Mesmo quando não a têm 

É assim que vejo

Nos lugares em que ando

Todo mundo certo 

E o mundo sempre torto 

Até pouco tempo atrás 

Isso me surpreendia 

Mas, hoje faz parte do dia a dia.



Por isso mesmo...

Falo menos do que costumava

E busco, ouvir menos do que ouvia

Se o mundo, um dia, esteve na linha 

Hoje está completamente fora dela

Temos, e quase que entendemos

a inteligência artificial .



Contudo, ainda nos decepcionamos 

Com a inteligência natural 

Que, enquanto a máquina avança 

O ser humano se esvai

E parece correr de encontro ao fim 🔚 



Sei que a vida do homem é breve

E, sendo assim, abrevia também 

O Fim da humanidade.

É opção, viver só e não procriar

Viver acompanhando e também 

Não procriar!

Aumentaram os gêneros 

E reconheceram os direitos

Que todos eles, realmente têm .



Toda as categorias, são livres

Para viver as suas realidades 

Mas, voltando às razões 

Elas se irão, junto com a humanidade 

E a razão será, enfim...

Da flora e da fauna

Onde vivem as plantas

E os "bichos" de verdade.



Já vi nação, antes limitando a natalidade 

E hoje, incentivando a procriação 

O que, leva a crer quê:

Nunca  predominou a razão.

Entretanto, embora tenha meus conceitos 

Não quero incutir no mesmo engano

E nem quero que alguém me siga

E que não me tenha como certo.



Não descobri nenhuma novidade 

E nem desejo ser descoberto 

Até mesmo, porque 

O Mundo, nos coloca contra

O implacável paredão 

Onde, tradição, passa a ser homofobia, xenofobia, feiofobia

E um tanto de outros afins.



Aprendi a quase dizer...

Para depois, possivelmente, me desdizer

Tudo isso  nome e em prol...

Do meu direito de sobreviver

Sem receber nenhum rótulo 

Desses que a mídia nos apõe 

E tatua em nossa pele.


Aprendi que para prosseguir 

Há de se prosseguir calado

Ou talvez, quem sabe...

Repetindo ridículos jargões 

E para não ser mal interpretado 

Vou escolher a primeira opção 

E deixando à todos, todas e Todes...

O meu melhor abração!


Lemos 25/04/2024






segunda-feira, 22 de abril de 2024

 


Talvez , seja eu, propaganda enganosa 

Minha discrição 

Me empresta ares de moço bom

Minha timidez 

Faz alguém me passar a vez em algumas ocasiões 

Meu silêncio insinua inteligência 

Meus préstimos sugerem subserviência .



Não sei dizer, se são ou não 

Impressões, realmente boas

Mas, sempre encontro boa recepção 

Na maioria das pessoas.

Sou desse jeito, desde pequenino 

Alguns ajustes se fizeram necessários

Mas minha essência permanece 

Não grito ao mundo minhas qualidades 

Pois para mim, elas são duvidosas.



Procuro, incansável, não me achar

Entre as muitas propagandas enganosas

Dessas com as quais 

Tropeçamos dia após dia

Já tentei ser eloquente 

Não consegui 

Já procurei ser sorridente.

Não deu, o sorriso não valeu,!

Contei uma piada, ninguém riu!

Fui numa uma festa, não fui notado

Só sou visto quando estou...

Cabisbaixo e calado

E é assim, que pareço ter valor

Todos precisam de afirmação 

Embora possam passar sem ela.



Sonhar é plausível 

Mas, a vida não é e jamais 

Será bela na sua totalidade

Talvez eu seja mesmo, propaganda enganosa 

Mas, não vendo as virtudes

Que aparento ter

Não quero servir nos pés de ninguém 

Apenas, prosseguir dentro

Da minha real ou suposta verdade.



Se sou uma fraude, ou não 

Não sou, uma situação fraudada

Não grito ao mundo

Ser isso, ou ser  aquilo

Prático o que acredito ser o certo

Só o tempo dará, ou não a resposta

Talvez eu nem esteja presente 

Para conhecer o veredito .



Entretanto.nesse mundo conturbado

Onde o feio, pode parecer bonito

E o bonito, ser apenas, opção 

Em um planeta diverso

Repleto, de gostos e gêneros 

É válido, todo e qualquer resultado!


Lemos 22/04/2022




Melhor do que nada!

 


Nem sempre, o que pensamos

É o que fazemos 

Se assim fosse a ordem

Estaria comprometida 

Num mundo de mandantes

E repleto de mandados

Passamos a vida entre vários sonhos.

E, bem poucas realizações .



Assim é com os mandados 

E também, com os mandatários 

Cujo apetite é imensurável 

E o medo de perder as posses 

E também o poder, é o grande pesadelo 

Enquanto isso, a grande maioria

Vai sobrevivendo com as sobras

Que o mundo maior, da feliz minoria

Vai deixando para trás .



E essa extraordinária maioria 

Quando tem um carro ou moto 

Ou, até mesmo, uma bicicleta 

Certamente, esses bens...

Já foram de alguém ou de alguns 

Num passado não muito distante 

E já não são assim tão "usáveis" .



As palavras dessa classe, são mais

De auto consolo, do que de afirmação 

Tais como: "Melhor do que nada" ou "O pouco com Deus é muito"

E assim, a vida vai, pois tem que ir

O mundo não pode parar!

De vez em quando um sorriso

Para animar, ou para enganar

Dependendo em qual prateleira 

A pessoa em questão se encontra.


 

Eu por meu lado, ciente da minha posição 

Nem sempre digo o que penso

Em nome da razão...

De ser e de existir

Não sonho alto, e procuro não sofrer

Para, assim, não precisar

Ser consolado, ou me consolar .



Quase conformado, sigo

E não conclamo por seguidores 

Meu velho carro, pede manutenção 

Meu estômago prefere alimentação 

O carro vai esperar...

Resto de rico, pode ficar na fila

A sequência da vida...

 Não!


Lemos 22/04/2024




domingo, 21 de abril de 2024

Lá pelo fim

 


Voltar pra mim!

Agora, pelo final 

Não será um bom sinal

Nada terei a almejar 

E também, pouco terei 

A acrescentar.



Nessa história de vidas

Ora, entrelaçadas

Ora, super complicadas

Nesse momento é benéfica 

A separação 

É apropriado, o afastamento 

Voltar pra mim

Agora pelo fim da saga

A qual denominamos. "Nós dois"



Seria!

Colocar uma nefasta cor

No ponto final 

É certo, que merecemos 

Um epílogo, não apoteótico..

Nada espetacular.

Melhor, sermos comedidos

Não é, hora de voltar

A pisar no que já está pisado .



Você na sua, eu na minha

Nada de lambada ou pisadinha

Talvez um bolero aqui 

E um tango aí 

Seja a melhor medida

Por favor! Diga sim...

À alternativa de não...

Voltar pra mim!


Lemos 21/04/2024


Domingo feliz!



Um novo dia

Um domingo...

Que se inicia 

Dia de feira 

De missa.

De culto.

De capoeira!


Também, é dia de lambança 

De algum excessos

E, muito barulho na vizinhança 

Que avança noite adentro

Onde o respeito, é fora de moda

Num país fora de centro.




Dia de churrasco

De fiasco

Dia de pescaria 

Muita gente na represa

Comida em abundância 

Sobre a mesa.



Domingo, esse é o nome

Desse ensolarado dia.

Também, é dia de fome

Na cidade, e na periferia 

Um dia...

Repleto de desigualdade 

Como acontece todo dia.



Para os desafortunados 

Fica o choro...

Para os privilegiados 

A cantoria...

Ah, ah, ah

Hoje é meu dia

Eu vou ter, ter

O seu amor

Para ser, ser feliz a seu lado

Ah, ah, oh...

Que dia feliz


Ângelo Máximo


Lemos

21/04/2024


sábado, 20 de abril de 2024

Não me condenem!

 


Não se despediu!

Não era do seu feitio

Apenas, foi se deixando levar

Apesar da velada relutância

Ninguém, quer mesmo partir

Na viagem definitiva

Mas, bem ou mal é evidente

Que todos conhecem essa sina.

 

 

Pois, é o que veremos ao longo...

Dos dias meses e anos

Que nos sãos permitidos viver

Que, o universo nos deixa

Ir acontecendo dia após dia

Ela, não queria ir!

Não por mero egoísmo.

 

 

O que ela não queria...

Era se separar de vez

Dos seus entes queridos.

Dentre os quais também figurava

A meiga cadelinha Doralice 

Não me condenem!

Não fui eu quem deu esse nome

Ao belo animalzinho...

 Infinitamente, melhor e mais afável...

Do que muitas pessoas.

 

 

Mas, voltando a nossa amada amiga

Que, hoje não se despediu

E agora, se encontra tranquila

No melhor lugar...

 Que tenho conhecimento

Mesmo, nunca tido estado lá.

E sabendo de minhas improváveis

Chances de um dia lá habitar.

 

 

Entretanto...

Sei que não irei sozinho para o outro sitio

Caso minhas suspeitas se confirmem.

Ainda luto, por merecer um cantinho

No tão sonhado paraíso.

Sei que minha índole não me qualifica

Ainda não desisti dos milagres

Que vejo cantados em verso e prosa

Na boca dos nossos pregadores.

 

 

Sei que há, algum amor e fé em mim

Não estou no começo, mas...

Acredito, ainda, haver alguma estrada

Onde, eu possa recolher exemplos

Pois sei, que as boas pessoas

Não vieram ao mundo...

Senão para plantar a paz.

 

 

Mas, elas sempre têm alguma reserva

E por isso mesmo, quando partem

O destino, não é outro...

Senão o Paraiso!

 

Lemos 20/04/2024

21;08 hs


quarta-feira, 17 de abril de 2024

O mundo que era antes.

 



Finjo, fingir não ver

Mas, isso não impede de acontecer

As favas já estão contadas

E terão sua hora e vez

As mudanças não acontecerão

Apenas, o fatídico se travestirá

Em uma nova realidade mentirosa

Daquela que não apalpa

Que não prepara o território.


E quem, souber contar um pouco

Saberá, que contar, pode não fazer bem

Porém não fica, aquele gosto amargo

Que só quem já foi traído conhece

Não falo, dos que nada perceberam

Os bem enganados, nada sofrem

Apenas, vivem uma existência medíocre

Como em uma, anestesia que nunca passa.



O dito, sujeito normal, a quem tudo...

Sempre parecerá igual

Que, ao passar por aqui

acredita tudo ser, um Lolapalozza

Ou um suculento e mortal, lanche Méqui!

E dão vivas à seleção, novo treinador

Uma nova "razão" onde o sonho permanece vivo

Mas, termina, com o vazio na palma da mão

E, um enorme aperto no coração.



Como consolo , outras menores competições

Para que a chama se mantenha acesa 

Tolos vivem habitados por imensas  paixões

E, assim segue a humanidade


Entre sonhos e grandes amores

Entre as guerras, guerrilhas e  simpatizantes

E lá!

No castelo, do rítmico e métrico Abrantes

O mesmo mundo, que hoje e sempre será como 

O mundo que era  antes!


Lemos

17/04/2024