Muito assunto, poucas palavras
Inspirado e limitado
Por falta de fluidez
Há assuntos, meio que tabus
Que jamais deixarão de o ser
Como falar de algo que não viveu?
E que provavelmente, jamais viverá
Como condenar o que não é crime?
Como querer, ser o que é ?
E não admitir as escolhas dos outros
Vem sendo assim...
Desde que o mundo foi fundado
Sobre um alicerce questionável.
Não falei, que era difícil
Pois nesse ponto já se questiona o "Pai"
E, pelo pouco que dele sei...
Não gosta de ser questionado
Seguindo a lógica imposta
Tudo é obra do criador
Algumas, ele nunca assinará
Como fazem seus filhos, mundo afora.
Contudo, para essas obras inglorias, há um outro engenheiro, já nomeado.
Tinha tanto assunto, mas me perdi
Vejo somas, que nunca multiplicarão
Caminhos que não servirão
Rios que desembocam em si mesmo
Vejo o mundo como um grande SET
Onde as cenas são, amiúde, repetidas
Onde as pessoas vão renascendo
Não falo em ressurreição
Falo em, vidas se empilhando
Em uma sequência inútil
Enquanto o mundo (planeta) morre a cada dia e a cada bomba, seja ela, radioativa ou não.
Cada vazamento de óleo, e o mar, fica menos mar
E o rio menos rio.
A cada queimada, criminosa ou acidental
Nos aproximamos do fim iminente
E vamos abandonando nossos
Valores.
Até pouco tempo atrás 🤠
Bradava contra a soma que não multiplica.
Mas, hoje a compreendo
Pra que multiplicar?
Quanto não haverá legado
Nem um sítio para habitar.
Fica a impressão de sermos levados
E de aceitarmos essa condição
Livre arbítrio, hoje, se chama momento...
Daqueles, de curta duração
Batemos o pé, agora...
Mas não temos cacife...
Para bancar qualquer decisão.
Lemos, em um mundo amargurado e condenado
Lemos, 09/09/2025