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terça-feira, 9 de outubro de 2012

No meu celular.


O passado
Não bateu
 À minha porta
Mas tocou
No meu celular
Passado que jurou
Não voltar
Entretanto, voltou
Pra tocar
Querendo ficar
Mas não tinha como
Porém também
Não tinha
Como negar
Por isso mesmo:
Não neguei!
Contudo, me assustei.
Mas; não tentei fugir.
Pois não tendo:
Para onde ir
Quedei-me num canto
Entre o riso
E pranto
Foi assim:
Não fugi de mim
Nem do que fui
Ou do que fiz
O passado
Em meu celular:
Justo agora
Que me sentia
Tão feliz!

Lemos nove de outubro de dois mil e doze.


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