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domingo, 3 de abril de 2011

Os falsos.

É.
Os falsos
Eles estavam lá
Desolados á beira do caixão
Dava pena ver tanta tristeza
Verdadeiros artistas
Convincentes que era uma beleza
De alguns posso até falar
De outros me atrevo a adivinhar
Representavam.
Com tamanha convicção
A ponto de causar comoção
Eu no meu canto
Quase cheguei a vomitar
Contudo contive a náusea
E saí para respirar
É.
Eles estavam lá
Na melhor forma possível
Até lágrimas eles tinham
Coisa incrível!
Achei inadmissível
Mas tive que admitir
Afinal!
O morto, era meu amigo
Mas; não era meu
Contudo, até hoje rumino
O que aconteceu
Vi gente que mês atrás
Dizia odiar o finado
Afirmando dizer que trocaria
De posição com o morto
Naquele infausto dia
Por que ele e não eu?
Dizia desesperado
Com as mãos na cabeça
Foi ali que cometi
O maior dos pecados meus
Na verdade uma heresia
Só por uma fração de segundo
Desejei ser Deus
Para dar um fim
Àquele desgraçado!
E sua maldita hipocrisia.
Para em seguida entregá-lo
Ao seu legitimo dono.
O diabo!



Lemos, 03/04/2011.

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